Sobre Roberta

Sobre Roberta

Sempre fui uma menina moleca, que gostava de fazer esportes, correr de pés descalços na terra e na chuva, andar a cavalo, estar ao ar livre, sempre em MOVIMENTO!

Comecei na natação com 6 meses, passando por Judô, vôlei, ginástica olímpica…até encontrar a dança aos 13 anos.

Dali fui me aperfeiçoando com aulas de balé e jazz (minha paixão) até os 16 anos. Aos 17 comecei a fazer dança contemporânea e achei que iria viver disso para o desespero dos meu pais que queriam me ver na faculdade e não vivendo de dança! Cheguei a trancar 6 meses a faculdade de publicidade na PUC-Rio, mas para o alívio deles me formei e acabei deixando a dança apenas como hobby que se transformou em yoga um pouco depois.

Nessa época também era modelo e passei por uma fase alimentar meio conturbada, emagrecendo muito e deixando todos preocupados, menos meus agentes, claro…

Não cheguei a ficar anoréxica, mas meu gasto calórico era maior que a minha ingestão diária…na época dançava, fazia academia, yoga, corria, ou seja, bastante exercício!

Porém tenho consciência hoje que minha preocupação com o que comia era enorme! Meu almoço se resumia a frutas e o jantar e café da manhã eram frugais. Durante a semana eu me controlava em relação aos doces, mas no fim de semana era capaz de devorar um pote de 500ml de sorvete sozinha de uma vez! Sempre escondida no meu quarto.

Sobre Roberta Muricy

Sempre fui uma pessoa que amou comer, mas por sorte minha alimentação desde pequena foi saudável, começando pela dieta do Carlos Gracie que minha mãe seguiu grávida de mim e posteriormente também. Isso formou os alicerces da doutrina alimentar lá em casa.

A vida foi passando, morei fora modelando, engordei, ficava me cobrando, em conflito com essa cobrança da “beleza e estética perfeitas”. Mas em nenhum momento deixei de me movimentar. Estava nitidamente em desequilíbrio emocional… E isso aconteceu mais de uma vez. Eu me senti perdida diversas vezes, me perguntando qual seria meu propósito nessa vida?!

Em 2009 resolvi seguir minha paixão por gastronomia e fui pra a Itália, aonde me formei pelo Gambero Rosso em Roma e trabalhei em 2 restaurantes, um deles como 1 estrela Michelin. Nesse período tive uma crise de coluna que achei que não iria mais andar de tanta dor! Isso foi também uma forma do meu corpo manifestar o meu emocional que estava bastante abalado na época…

Voltei para o Brasil, empreendi com meu marido na época, mas não durou muito(o negócio e o casamento terminaram)e acabei voltando para a moda, dessa vez como Visual Merchandiser de uma marca famosa de moda.

Nesse período também intensifiquei meus treinos de corrida, entrando para uma assessoria esportiva e treinando sério. Competindo em diversas provas me encontrei no esporte! Logo depois me encantei com o triathlon e vivi intensamente esse “estilo de vida”. Meu corpo então começou a dar indícios que algo não ia bem…tive diversas lesões (tidas como “normais” no mundo esportista) e fui levando.

Me mudei em 2017 para os EUA, então no meu segundo casamento, e continuei trabalhando com a mesma marca por lá. Entrei para um grupo de triathlon e continuei treinando, mas os primeiros sintomas da distonia começaram a aparecer.

Tive que diminuir as distâncias de treinos e provas. Fui percebendo as compensações que meu corpo fazia para continuar correndo e comecei a me questionar se valia a pena, daqui a pouco poderia ter uma lesão séria decorrente dessas compensações…Aí comecei a ponderar, eu queria estar bem e continuar fazendo esporte até meus últimos dias de vida! Resolvi parar de correr por um tempo, ensaiei voltas e ficava cada vez mais triste com a situação, me sentia frustrada, sem respostas (fui a diversos médicos nos EUA e ninguém sabia o que era).

Me mudei novamente, dessa vez para Itália, sem o visto de trabalho ainda, minha vida se resumia a treinar. Nadava na piscina, treinava na academia e viajava de trem com a minha bike para pedalar. Corria eventualmente. Foi um período bem duro na minha vida, continuava com a sensação de vazio…sem direção do que iria fazer.

Conheci meu atual marido no meio desse turbilhão de emoções e me joguei no desconhecido, mas seguindo uma voz interior, minha intuição, meu coração, que esse era o caminho que tinha que seguir. Mesmo sem ter pensado em voltar a morar no Brasil, lá fui eu!

Hoje, 5 anos depois entendo o porquê.

Precisava voltar, aqui me reencontrei, com minha família, meus amigos e meus “anjos” que me ajudaram nesse processo de transformação e de entendimento. Formei um linda nova família e aos poucos fui procurando me conhecer realmente e encontrando meu “caminho”, me reconectando.

Continuo em busca da minha CURA. A distonia passou para o meu caminhar tem 2 anos. Não está sendo fácil, tive que mudar bastante meu mindset, de uma pessoa atleta e competitiva, as vezes um tanto egoísta, para uma mais “tranquila”, porém mais doadora e ainda determinada a VIVER com alegria e entusiasmo!

A distonia me obrigou a PARAR e olhar para mim, e ver o que realmente fazia sentido na minha vida. Entendi que o meu propósito é ajudar as pessoas a também alcançarem esse autoconhecimento e equilíbrio através da alimentação e mudança de estilo de vida.

A evolução é diária, e pela primeira vez tenho certeza de que estou no caminho certo! 

Somos feitos para viver com alegria e saúde nessa VIDA!

A VIDA ESTÁ NA JORNADA, ABRACE AS MUDANCAS!

Roberta Muricy 01
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